Níveis de Análise do Comportamento e dos Processos Mentais, Hereditariedade e Genética, Determinação e Cultura
Os psicólogos têm debatido sobre a importância dos genes e do ambiente no que se refere a interação dos mesmos para a construção da personalidade humana. Certamente, todos os psicólogos concordariam que esse é um debate sem sentido, pois genes e ambiente estão sempre interagindo entre si. Isso quer dizer que não há genes sem um ambiente e um ambiente sem genes, quando há referência à formação de traços de personalidade. Para os psicólogos, a função em entender o processo de desenvolvimento da personalidade como consequência da interação desses dois fatores: genes e ambientes que se relacionam continuamente.
O médico Sigmund Freud e os estudiosos do comportamento e mundo psíquico retiram do homem a possibilidade de se sentir senhor e controlador dos seus pensamentos, sentimentos e comportamentos. Por isso é muito difícil falar sobre o desenvolvimento da personalidade.
Esse desenvolvimento é automaticamente influenciado pelo meio que se vive, a necessidade, precisando ser motivada pela força de acontecimentos
internos e/ou externos.
Concluindo, a personalidade é determinada por vários fatores que se relacionam: forças genéticas, culturais, classe social, família e também da forma do sujeito assimilar e dar sentido às vivências e suas relações interpessoais. A hereditariedade dá limites na amplitude de desenvolvimento de característica, sendo que estas são determinadas por forças ambientais.
Os talentos que uma cultura ou mundo externo pode ou não recompensar e cultivar são transmitidos pela hereditariedade.
Objetiva-se analisar a genética como um fator de influência na formação da personalidade, enfatizando a interação entre esses dois elementos: gene e ambiente e o que os estudos mostram sobre esses e outros fatores.
Influências da genética na personalidade
A importância da hereditariedade e da experiência talvez seja o que mais se discute na Psicologia.
O filósofo Platão afirmou que o conhecimento é inato da pessoa. Outros pensadores afirmaram que crianças recém-nascidas são praticamente iguais, só tornam-se diferentes pelo fato de adquirirem vivências diferentes. John Locke, expressou essa ideia dizendo que a mente ao nascimento é como um papel em branco e que as experiências vividas é o que o modificam.
A divisão entre o conhecimento inato da pessoa (nativismo) e a visão que enfatiza a importância das influências ambientais (empirismo) provocou discussões a respeito da hereditariedade e dos fatores ambientais em muitos aspectos do funcionamento humano. Avanços em conhecimentos de genética oportunizaram a identificação dos genes específicos relacionados a vários distúrbios.
A inteligência é uma característica que está sendo avaliada, para analisar se é uma contribuição da natureza e da criação.
Seria favorável se pudéssemos ter uma amostra controlada dos fatores genéticos e ambientais para estudo, embora seja impossível técnica e eticamente, frequentemente podemos nos aproximar do ideal, através de estudos de concordância para examinar as características dos indivíduos onde
a relação genética é conhecida.
São preferidos nesses estudos os gêmeos idênticos, porque provém do mesmo ovo fertilizado, tendo a mesma composição genética. Controlando um traço particular por um gene, os gêmeos devem desenvolver-se semelhantemente, criados juntos ou separados. Se o ambiente desempenha o papel principal, o grau de parecência em gêmeos idênticos dependeria da criação, criados na mesma família teriam semelhanças iguais outros irmãos,
mas em famílias separadas gêmeos idênticos se pareceriam mais com as famílias que o adotaram.
Outro fato são gêmeos fraternos, mesmo separados ao nascer, são propícios a serem mais parecidos que outros irmãos, porque foram concebidos e nasceram no mesmo momento, priorizando a importância da influência do ambiente sobre a hereditariedade.
A ideia de estudar dois seres (independentemente do genótipo) que crescem em ambientes idênticos também é complicado. Gêmeos criados na mesma família às vezes parecem satisfazer esse critério, pois os ambientes pré-natais e os de convivência são compartilhados.
Duas crianças que crescem na mesma família não têm confirmação que terão experiências idênticas, não afirma-se que serão tratadas iguais ou que compreenderão os fatos iguais ou que vão assimilar de modo semelhante as experiências vividas.
Conteúdo compartilhado pela aluna Guizela Schwalm.
Referências:
FREITAS, Dayanne S.; VIANA, Lucian S.; CUNHA, Carlos L. F.; SILVA, Arterira S.; SUAREZ, Mariela A. M. Genética: um fator de influência na formação da personalidade. Journal of Management & Primary Health Care, p. 26-33, 2012. Disponível em: http://www.jmphc.com.br/ jmphc/article/view/114/115. Acesso em: 23 mai. 2020.
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