Sistema Sensorial e Percepção

A percepção é uma experiência interativa pertencente ao nosso Sistema Sensorial e associada ao nosso Sistema Nervoso envolvendo os 5 sentidos (olfato, tato, paladar, audição e visão). É dita uma experiência unificada, pois identificamos algo como um todo para depois analisarmos suas partes. Ela não necessariamente observa a realidade, mas a representação mental da realidade.

Podemos observar isso na pareidolia - um fenômeno natural do nosso cérebro que busca reconhecer padrões - onde identificamos um objeto para depois analisarmos detalhadamente as suas partes (ex.: enxergar a imagem de um cavalo em uma nuvem).

Para um psicólogo essa é uma importante ferramenta para reconhecer e identificar como o paciente interage com determinada situação, além da percepção do próprio psicólogo ao observar as expressões faciais e postura corporal do paciente diante de determinado assunto. Logo, entender o contexto de um paciente é importante para que o psicólogo possa dar a ele melhor qualidade de vida e de saúde mental.

Compreendendo que nossas percepções podem ser falhas, nunca devemos fazer julgamentos, mas levantar questionamentos. É o que um cérebro saudável faz: ele observa o mundo ao seu redor e busca entender o funcionamento do seu meio. O que é bom, pois o cérebro precisa ser estimulado para manter suas células ativas.

Portanto, não devemos consentir que outros indivíduos façam com que nos sintamos culpados ou envergonhados por duvidarmos e questionarmos informações que nos foram apresentadas. Não levantar questionamentos, nem observar todos os ângulos e emitir uma opinião utilizando como base apenas nossa percepção pode gerar um julgamento equivocado, para não dizer perigoso, tanto do ponto de vista social quanto do ponto de vista individual.

Mas sim, nossas percepções possuem uma utilidade – a de compreendermos e interagirmos com o exterior – apenas precisamos ter o entendimento de que elas não serão o suficiente para nos apresentar a realidade como ela é de fato.

Porém, isso pode ser bastante divertido e nos causar sensações de bem-estar como, por exemplo, uma xícara de café que parece estar sorrindo para você como quem diz “Ânimo! Você consegue!”

           REFERÊNCIAS

           EYSENCK, Michael W. Manual de Psicologia Cognitiva. 7ed.Porto Alegre: Artmed, 2017